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Com a missão de servir o interesse coletivo e a responsabilidade de estabelecer um elo entre o poder público e a sociedade, os servidores públicos desempenham um papel importante nas instituições em que atuam. São trabalhadores que carregam consigo o ofício do bem servir e, por isso, é necessário que os órgãos e a sociedade valorizem os cargos de “carreira”, visto que são ocupados por pessoas que estão ali por merecimento, ou seja, porque se esforçaram para ter a aprovação mediante o concurso público. Com o intuito de dar um pouco de visibilidade à categoria, o Sindsemppe inicia uma série com entrevistas com algumas personalidades que já são parte da história do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
A primeira delas é a servidora Muirá Belém, analista ministerial em Serviço Social, que ingressou na primeira turma do concurso em 1996 e, este ano, está completando 20 anos de serviços prestados ao MPPE. Muirá é da geração que ingressou no mercado de trabalho antes da Constituição de 1988, uma geração que lutou pela redemocratização do país. A insatisfação com o trabalho no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) foi à mola propulsora para que ela prestasse um novo concurso. Aprovada, atua na Gerência de Saúde e Assistência Social (GMSAS) – subordinada a Coordenaria Ministerial de Apoio Técnico e Infraestrutura, que por sua vez está subordinada à Secretaria Geral do MPPE. Formada por uma equipe multiprofissional, com assistentes sociais, psicólogo e nutricionista, a GMSAS assessora os promotores de justiça nas matérias que envolvem a política de saúde pública e de assistência social e direitos humanos.
A atuação se dá através da realização de estudos técnicos, emissão de pareceres, participação na elaboração e execução de projetos nas áreas técnicas de sua abrangência em parceria com outros órgãos da instituição, como, por exemplo, CAOPs, Secretaria Geral e Assessoria de Planejamento. Entre as ações e projetos os quais Belém está engajada, é importante destacar a atuação no GT-Racismo, fundado em 2002, com o objetivo de buscar estratégias de enfrentamento ao racismo, e que já rendeu uma publicação comemorativa aos 10 anos do grupo com artigos dos profissionais envolvidos. Além disso, destaca-se o trabalho da servidora no Projeto de humanização do Parto, inserido no Projeto Estratégico de Atenção Básica à Saúde.
Para Belém, o Ministério Público tem uma vocação social e um espaço de trabalho privilegiado, capaz de dar uma grande contribuição para a transformação social que o país necessita, não como único protagonista, mas como parceiro das instituições e movimentos que se afinam com sua proposta. E isso é um dos motivos que a fez seguir em frente. “Me identifiquei com o trabalho e fui me envolvendo”, diz, lembrando que conseguiu atuar em muitas frentes, em ações que a mobilizam como pessoa e como profissional. “Na maioria das vezes senti que meu trabalho era útil para as camadas mais pobres da população. Isso não quer dizer que não tenha enfrentado decepções. Já me senti “invisível e desvalorizada” e, muitas vezes, pensei em sair da instituição. Vi muitos colegas irem embora, antes da implantação do plano de cargo, e mesmo depois, por terem passado em concursos para instituições, cujos planos de cargos são mais atrativos nas faixas iniciais”, enumera.
Belém acredita no processo de valorização do MMPE, porém considera que ainda há um longo caminho a percorrer. Para ela, o plano de cargos representa um passo importante mas, ainda é preciso avançar em outras áreas profissionais, pois há uma concentração grande de algumas categorias em detrimento de outras. “Acho que é necessário desenvolver a visão multiprofissional não apenas entre os servidores das diversas áreas, mas também entre os membros e servidores”, considera.
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